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Muito além do ponto geográfico

  • Thiago Moreira Safadi
  • 29 de fev. de 2016
  • 2 min de leitura

Cada vez mais comuns entre os usuários de smartphones, os aplicativos com soluções de geolocalização tem mudado a forma das pessoas se relacionarem com o ambiente. Mas será que somos apenas um ponto no espaço?

Muitas pessoas têm a percepção de que a geografia é apenas a descrição de mapas e seus limites territoriais ou a localização de lugares e ruas. Associam o estudo do conteúdo geográfico a distância entre pontos, desconsiderando um conjunto de relacionamentos existentes entre os objetos que o compõem. A percepção do mundo como algo estático é limitada e tem sido fortemente influenciada por aplicativos como o Google Maps e Waze cujos objetivos é fornecer subsídios para avaliação do custo de transporte.

Mas ao trabalharmos a geografia enquanto ciência que se preocupa em descrever as formas do espaço e as suas inter-relações com o entorno, devemos nos preocupar em explorar e descobrir os padrões de conexão que existem entre os relacionamentos social, ambiental e os que transitam entre as duas origens. A compreensão desses relacionamentos cria um mundo da fluidez, que ao contrário do representado pelos aplicativos de geolocalização, permite questionamentos críticos, tais quais: a construção de uma casa nessa região é susceptível a algum risco; ou; que fatores/variáveis históricos(as) têm contribuído para o aumento ou a redução de ocorrências violentas numa determinada região da cidade?

Tais indagações no lugar de priorizar apenas o ponto no espaço busca compreender como uma realidade historicamente construída se comporta perante suas múltiplas conexões. Para responder a essas perguntas é necessário organizar um conjunto de dados sobre a área estudada, reconstruindo metodologicamente o ambiente que se deseja analisar.

O relacionamento espacial desses dados é parte importante do processo e dependendo dos desafios da gestão ora poderá ser utilizado informações sobre a declividade de um terreno e o tipo de material rochoso que o compõe, ora dados demográficos e de sinistralidades que auxiliam a ilustrar a violência local. Inerente a cada uma das informações teremos sempre a condição espacial do dado e o seu relacionamento com o ambiente.

A geografia busca compreender o campo operacional da ação humana, ordenando o conhecimento a partir do uso que dele se pretende fazer e discorrer sobre o significado das mudanças, conquistas e reestruturações espaciais na formação dos valores e símbolos sociais.


 
 
 

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